KWY



KWY (as letras que não existiam no alfabeto português)

Juntamente com Lourdes de Castro, René Bertholo, José Escada, Gonçalo Duarte, Costa Pinheiro, Jan Voss e Christo, funda o Grupo KWY ( no dizer do crítico de Arte José Augusto França, Grupo Ká Wamos Yndo...) e editam a revista do mesmo nome. Este grupo, que começou como uma brincadeira, acaba por funcionar melhor do que esperavam, ainda hoje existindo não formalmente no espírito dos seus integrantes, que se mantêm amigos. Desde o início que foi respeitada a heterodoxia de estilos, sendo o traço de união o espírito que os ligava, mais que qualquer outro reflexo visível. Tal não terá sido entendido por alguns dos que se debruçaram sobre o seu percurso enquanto grupo, nomeadamente na exposição organizada nos anos 60 por António Rodrigues, que não quis expô-los todos juntos por entender que não existia homogeneidade entre os seus trabalhos, quando foi precisamente o grande respeito pelas diferenças individuais que os manteve unidos.

in http://www.citi.pt/cultura/artes_plasticas/pintura/joao_vieira/kwy.html


Com Lourdes Castro, René Bertholo foi fundador da revista e do grupo cosmopolita KWY, criados nos finais dos anos 50, em Paris, por meio dos quais os artistas manifestaram a sua irreverência e revolta para com a arte e a política que se faziam em Portugal. Juntaram-se--lhe João Vieira, Costa Pinheiro, José Escada, Gonçalo Duarte, Christo e Jan Voss. O criador de Qui Chasse Qui morreu na sexta-feira, vítima de cancro. Contava 70 anos.

A KWY (as letras que não existiam no alfabeto português) não foi apenas uma publicação experimental em serigrafia, com forte componente poética e, mais tarde, ensaística, que marcou o Portugal desse tempo, nela impôs-se a capacidade inventiva de René Bertholo. A revista (que deu mão a pintores e poetas, já não falando das presenças tutelares de Vieira e Arpad) surge por circunstâncias várias, entre as quais o reconhecimento da impossibilidade de viver da pintura em Portugal. Desde o primeiro número (publicaram-se 12 até 1963) foram, entre outros, princípios do grupo a liberdade criativa, a afirmação da diferença estética, o pluralismo perante a arte do tempo, a solidariedade não coactiva entre artistas-editores e colaboradores, a inventividade coabitando com o divertimento, o jogo.

De formas diferentes, a "lição" do grupo, assumido pela revista, passou para os artistas que nele participaram como Bertholo. Com um longo e coerente percurso estético, iniciado pela investigação na área das técnicas de expressão directa, o artista vem a assumir, sobretudo a partir dos anos 60, uma linguagem neofigurativa na suavidade da sua expressão lírica.

in http://dn.sapo.pt/2005/06/15/artes/quando_o_criador_resolve_falar_si_us.html







Não existem mensagens.
Não existem mensagens.